05 junho 17:15 h
Havia um navio que trazia pessoas desconhecidas…
Navegar, olhar, apreciar, envolver…
No meio do mar o destino se fundiu ao seu e ao dela…
Certo? Errado?
Não importa, aqui estou eu…
Certa? Errada?
Sim, os dois…
Aprendi a amar diferentemente vocês.. a respeitar, a idolatrar até…
Busquei conhecimentos de suas vidas… choramos… rimos…
Percebi que envelhecíamos juntos.
Mas fazer o quê, se tardiamente eu ganhei 1 pai e 1 mãe que precisava dos meus cuidados…
E cuidei…
Ambicionei tantas coisas para mim, abandonei tantas outras que também eram para mim…
Por vocês…
Não me arrependo mais…
Troquei suas fraldas, não sei se trocou as minhas,
cortei seus cabelos, nem sei se percebeu os meus,
fiz sua barba, cortei suas unhas, você foi o filho homem que não tive…
Então velho, então minha criança…
No navio que transcorria por um desconhecido destino, nasce eu, fruto de amor?
Que importa?
O amor fui eu que de suas mãos se separavam,
o amor fui eu que te vi enxergar que do meu mundo se despedia…
Ah, também fui eu que num barco simples de pescador te devolveu ao mar. O tão querido e como o meu amor: profundo de saudade.
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