Ritmo da Lua

E quando eu diminuo o som das músicas, abafo meu coração.
Ora salta nostalgia, ora euforia.

Mas diminuindo o som,meus olhos desencantam.

Como não olhar o futuro com um tiquinho de saudade? Do que fui, do que quis ser, do que tentei, do que sou?

Se na música palpita junto, as válvulas do meu aparelho de som cardíaco…

Se sacudo os braços e esqueço e me lembro da jovem que só queria dançar e dançar…

Quem entenderia isso nos anos 75 em diante ou até hoje? Ninguém.

Porque dali veio a poesia em minha vida nos 9 anos, nos 14, na extenuante e cansativa paixão aos 20, na silenciosa senhora aos 61.

Porque não vou deixá-la cantar só, faça mimicas, sapateie, euforie-se com essa vida.

Dê-lhe a mão e siga a trilha de sua música e sonhe, tantos personagens e paisagens, sim, seus. E dance, dance sob a lua numa grande quadra deserta.

Maria Lenita 20fev2021

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